
Em um país no qual existem mais cachorros e gatos do que pessoas abaixo de 15 anos, a falta de seres humanos acabou tornando os animais em uma companhia natural para a dança.
A escola Wan Nyan World – que poderia ser traduzida por Mundo Au Miau – oferece aos alunos a oportunidade dos pares dançarem estilos diferentes como valsas e até mesmo “Dancing Queen”, do grupo de música disco dos anos 70, ABBA.
Seja um Chihuahua ou um São Bernardo, com a música e a coreografia certas, qualquer cachorro pode dançar”, disse a instrutora de dança Mayumi Ozuma, 51 anos. “A dança também permite que os animais expressem a sua individualidade”, completou. Os pets aprendem a girar em volta dos donos e a andar em duas patas em troca de guloseimas.
Presença feminina
A quantidade de mulheres presentes na aula também chama atenção, uma vez que a aula contém apenas um homem inscrito. Uma afirmação comum entre elas é a de que seus maridos estão cansados demais para participar de aulas no final do dia, ou que não se interessam pela atividade. “Dançar com o meu cachorro faz com que eu me divirta com ele. E é muito bom perceber que ele está se divertindo também,” disse Mikako Oba, que dançava com o seu poodle, Carlo. Ela ainda afirmou que pretende ingressar em competições de dança com Carlo no futuro.
Seiji Osawa, funcionário de uma empresa, se interessou pela aula porque agora o cachorro demonstra mais interesse por ele. “Agora o meu cachorro olha para mim,” disse Osawa. “Eu acho que eles aprendem a dançar até mais rápido que os donos,” afirmou, enxugando o suor do rosto.